domingo, 21 de agosto de 2011


A ambição de todos está no sossego trazido pelo tão almejado equilíbrio. A busca contínua em todas as fases da vida, pelo alcançável ou as vezes, em momentos, inalcançável sensação de paz profunda. A vida bordada de branco, com apenas sons da natureza, sem gritos, choros, machucados. A busca pela perfeição e o despejo da ambição. Viver com tranquilidade, sem deixar o emocional as vezes, tão persistente dá lugar a razão. Pois é feliz quem vive acompanhado da racionalidade, pois quando se é racional, cria-se uma capa, capaz de proteger dos maiores afetos e desafetos, tornando-o resistente a qualquer tipo de dor. Mas, depois que se conquista o equilíbrio interno, ele cansa. A vida se torna uma mesmice, a qual a falta de emoção preenche o vazio que o próprio equilíbrio criou. Ter o equilíbrio não é buscá-lo, e adaptá-lo a sua vida fazendo com que ele seja suportável a todas as suas emoções. Perder o equilíbrio por amor, as vezes é saber manter a vida equilibrada.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Tudo

E eu fiz tudo
Tudo que podia ser feito
Tudo que podia ser oferecido
Todos os tipos de carinho
Todos os tipos de afeto
Todos os tipos de demonstrações
De surpresas aos tantos perdões
Mas jogaram no lixo
Depois que se passou o início
Onde tudo é perfeito
Fiquei sem nenhuma retribuição 
É, finalmente descobri através de nós
A diferença entre amor e paixão

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Just for today

Só por hoje me admirarei ao olhar meu reflexo no espelho
Só por hoje rirei de uma piada boba
Só por hoje observarei como o sol brilha
Só por hoje vou deixar o vento descabelar meus cabelos
Só por hoje andarei descalça sobre a areia
Só por hoje acordar será o bastante
Só por hoje dormir será inevitável
Só por hoje olharei ao redor
Só por hoje não serei tão egoísta
Só por hoje não pensarei só nos outros
Só por hoje vou curtir cada gota de água que deslizar pelo meu corpo
Só por hoje não reclamarei do trânsito
Só por hoje não levarei a vida tão a sério
Só por hoje ir ao mercado será divertido
Só por hoje não chorarei
Só por hoje não pensarei no amanhã. 

domingo, 5 de junho de 2011

As Duas Palavras

Eu não sei porque, algo me diz que não devo mais temer
O medo em dizer, aquilo que já me fez sofrer
Mas agora, vejo tudo branco novamente
Uma paz faz-me transbordar toda em você
Eu esperarei o tempo que for
Mas que seja breve, bem breve
Pois não há nada mais saboroso
Que ouvir o que eu quero te dizer, de você
E eu não quero nem saber
Mas vou dizer que eu amo você



domingo, 1 de maio de 2011

Prazer

Te pego, te arrasto, te arranho, te gozo, te berro, te bato, faço tudo. Tudo que quiser durante o meu ato de prazer. Gozo com fome, mato a minha fome, e juntos nos saciamos. Nos saciamos de forma insaciável. Uma, duas, três, quantas vezes ele quiser. Aproveito o momento, pois sei que esse é o único jeito que somos sim, nós.

Medida caseira

Descobri que oferecendo demais o afogo em meio a tanto amor,
Descobri que a oferta tem medida caseira
E que não adianta ultrapassar essa medida
O que resta não é aproveitado
Portanto, tem que assim ser guardado
Descobri que pra receber mais, preciso dar menos
Isso já não é mais incômodo
Quando a esperança dá lugar a impaciêcia

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Refém

Ela fazia dele seu refém. Ele achava que não se importava, na verdade até gostava. O uso e abuso apenas pro prazer. Sua forma de falar era gemer, de fazer carinho era arranhar, apertar e modular as suas mãos nas curvas do seu corpo. O suor produzido pelo ato gozado, pra ela era em vão e para ele uma paixão. Ao final, passou-se os 30 minutos e ela diz: "Acabou, vou aumentar pra R$200 a próxima vez."

Saboreando sabores

Eu gosto do doce, salgado, azedo, picante e até mesmo do amargo.
Sem receios e preconceitos
Provando todas as formas
Sem medo de gostar ou desgostar
Deixar arder o gosto da pimenta
Sentir a ânsia de vômito pelo jiló
Desfrutar o azedo do limão
E a sensação de prazer do chocolate
A vida é feita de sabores
E feliz é aquele que sabe saborear

Foco

Você não é nada para decidir o que devo fotografar,
para julgar os meus cenários
para determinar os ângulos a direcionar 
para desdenhar os meus retratos 
para tentar desfocar os meus focos
Os ângulos são meus, os cenários são meus, os retratos são meus, mas o foco é você. 

Ingratidão

Eu não sei porque agüento “isso”
Me refiro a isso por ser tratada como um objeto
Objeto a qual nem carinho é direcionado
Nem migalhas são recebidas
Tudo se lamenta com uma simples gozada
Porque é isso o máximo que consigo de ti

Ao tempo

Há um, dois, três, quantos eu quiser
Mas é um único, o único que eu quero
O tempo desgastou o convívio
O tempo afogou as mágoas
O tempo apagou parte do fogo
Coisas naturais que só o tempo é capaz de fazer
Mas mesmo assim, esse tempo nunca foi capaz de separar o que se juntou
De uma maneira constante
Forte e intensa
O tempo estragou
Mas não matou
O que permanece vivo em nós
Só falta nós nos olharmos
E aceitarmos
Que sim, somos mais que dois
Somos mais que qualquer obstáculo
Somos mais que memórias do passado
Porque podemos ser memórias de um futuro
Basta um simples gesto de harmonia
E reanimar momentos merecidos
Que eu só vivi com você!

A escolha

Eu poderia fazer uni-du-ni-tê e escolher qualquer pessoa que não fosse você.
Mas o que fazer do que já se foi feito
Se há um ano atrás o escolhido foi você.

Drama mental

A beira de um abismo
Suicídio mental
Morte programada
Por buscar buscas incertas
Não completáveis
E nunca suficientes
Desejos encubados
Falas não ditas
Tratamentos recebidos
Porém, não merecidos
Tratamento ocultos
Sempre buscados
Mas nunca alcançados
A estrada sem fim
Teve seu ponto partido
Mas não a chegada
Destruíram todo meu jeito
Doce de ser
Se é para cessar algo
Que não seja eu

Oscar 2010

Riscaram meu melhor filme
Era o melhor
Completo
Tinha ação, drama, romance
E muita, muita comédia
Hoje, eu o vejo em replay
Todos os dias
Antes de dormir
Deixo ele passando na TV
E quando acordo, vejo que ele acabou
A tecla play não funciona mais
Não posso assisti-lo quando quero
Ele tem vida própria
E só depende dele viver esses gêneros
Guardei-o na prateleira em cima do meu DVD
Para caso um dia, as teclas voltarem a funcionar,
Ele estará lá, pronto para ser assistido novamente.

Lado Filipe


Sou dotado de personalidade forte, dificilmente abalada e redobrada. Tenho um senso de humor chamativo, porém, um lado obscuro e fechado, os quais poucas pessoas têm acesso. Mas a dificuldade em expressar sentimentos é sempre presente, independente do público. Sou livre de qualquer tipo de preconceito. Meu pensamento liberal é transparente a todos. O vício de conhecimento é contínuo desde pequeno, é difícil achar algo que não me desperte curiosidade. Não sou preso a planos, prefiro que as coisas sejam feitas no seu tempo certo, mas não deixo de ter meus sonhos. Faço da paixão pelo esporte, meu hobbie. E nesse hobbie estão grandes partes dos meus objetivos de vida.
          

De novo

E tudo acabou novamente
Pra quem resolveu acreditar
Que o amor poderia ter sido pra sempre
Decepcionou-se mais uma vez
Tentou, chorou, esperneou, sofreu
Morreu de amor
A pele continuou bonita
Os cabelos, o corpo, cada detalhe
Continuaram os mesmos
Mas está tudo morto
Todos vêem
Mas ela não vê
E quem não se vê
Morre por dentro
Mata a alma
Mata a vida
Os órgãos só servem fisiologicamente
Não tem mais frio na barriga
Não tem mais aceleração do coração
Não tem mais arrepios
Não tem mais suor
O corpo não sabe mais sentir prazer
E as sensações trazidas por essa sensação
Estão desconhecidas
Restam lembranças
Gozadas pela saudade
E nada a mais
Ninguém a mais
Apenas lembranças.

Confusos

Alguns especiais me querem
Talvez mais do que quem eu queira
Mexeram com meus sentidos
Pois não tenho mais as demonstrações que desejo
Mexeram com meus ouvidos
Pois não recebo mais tais elogios
Mexeram com meu ego
Pois não me sinto mais tão bela
Mexeram com meus sentimentos
Está tudo dotado de incertezas
As quais não permitem respirar tranquilamente
E eu, que mergulho no desejo de uma paz profunda
E eu, que me afogo em meio tanto amor
Dado a uma pessoa que não retribuirá a tamanho, nunca
Eis o dia
Da destruição de um amor